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Como vemos a Inteligência Artificial nos negócios? GROUP EXPERIENCE trouxe repostas

Cerca de 300 pessoas participaram do evento promovido em parceria com os cursos de Ciências Contábeis e Administração do Campus Universitário da Região dos Vinhedos

“O computador, a Inteligência Artificial e os softwares vêm para ir além daquilo que nós pedimos para fazerem”, o trecho citado faz parte da palestra de Marcos Cristiano Coelho, um dos convidados do GROUP EXPERIENCE – Inteligência Artificial nos Negócios, evento promovido em parceria entre a Group Sistemas de Gestão e a Universidade de Caxias do Sul, no último dia 09 de maio, no Campus Universitário da Região dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.

Mas como a tecnologia pode ir além? Durante o evento, os conceitos de Aprendizagem de Máquina e Inteligência Artificial foram reforçados para embasar as novidades de mercado. Vamos relembrar agora para você também se situar.

A Inteligência Artificial é uma área da Ciência da Computação que se propõe a criar mecanismos que simulem a capacidade humana de raciocinar e tomar decisões, desenvolvendo tecnologias (software e hardware) com o intuito de aumentar a capacidade humana de resolver problemas.

A Inteligência Artificial é construída com base em algoritmos de aprendizagem e generalização que buscam simular as capacidades humanas. Como esses algoritmos passam por uma série de dados para estimular a interpretação para posteriormente estabelecer padrões, o treinamento torna-se essencial para que a máquina, de fato, passe a aprender.

A máquina procura padrões

Reunido um público de 300 participantes aproximadamente, o GROUP EXPERIENCE trouxe três palestrantes, Brayan Poloni, Marcos Coelho e Diego Schlindwein, para desenvolver o assunto Inteligência Artificial nos Negócios. O evento também contou com a Somos Artéria , empresa de tecnologia de Caxias do Sul, que trouxe ao público a possibilidade de interação com Inteligência Artificial. A Somos Artéria desenvolveu um software de reconhecimento das emoções humanas através das expressões faciais com uso de Inteligência Artificial. Através de uma câmera, o dispositivo é capaz de medir os níveis de felicidade e nervosismo, por exemplo, conforme os movimentos dos músculos da face.

A sequência de palestras iniciou com Brayan Poloni, Diretor Tecnológico da Introduce Tecnologia para Crescer. Poloni introduziu os conceitos de Inteligência Artificial e Transformação Digital, mostrando como as empresas estão se movimentando para trabalhar de forma mais assertiva e segura com a tecnologia. O palestrante também explicou os conceitos de Machine Learning (aprendizado de máquina, em português), um dos pilares fundamentais da Inteligência Artificial, onde a ferramenta tem o potencial de aprender e ampliar seu aprendizado conforme as experiências em que são submetidas repetidamente.

“Como funciona o treinamento de Inteligência Artificial com Machine Learning? Basicamente, a máquina realiza uma separação e comparação de itens ou produtos, por exemplo, até o aprendizado seguir de forma automática. Mas primeiro, é preciso ensinar. A máquina vai procurar padrões, por isso, esse treinamento precisa ser feito de forma assertiva. Se a máquina for treinada com informações incoerentes, não vai conseguir fazer os processos necessários de comparação para obter um resultado, o aprendizado não será satisfatório”, destacou Poloni.

Marcos Cristiano Coelho, Diretor da EMC Projetos, trouxe também exemplos para ilustrar a evolução da Inteligência Artificial, como carros autônomos, ônibus automatizados e outras realidades presentes dentro das empresas. Brincou ao vivo com a Assistente de voz do seu smartphone, um exemplo muito simples de como a Inteligência Artificial tem se tornado parte das rotinas. Os primeiros serviços de pesquisa de voz em smartphones foram lançados há mais de dez anos e em 2019 percebe-se como a Inteligência Artificial foi aprimorada para mostrar resultados mais satisfatórios nos formatos de pesquisa. Para relembrar, em 2008, a Google lançou sua assistente. Em 2011, foi a vez da Apple ao criar a Siri para Iphones. E o futuro é ainda mais falante. De acordo com uma pesquisa da Juniper Research, em que analisaram as IAs presentes em celulares (além da Siri e Google Assistente, hoje também está no mercado a Bixby lançada pela Samsung), previsões indicam que o mundo terá mais de 8 bilhões de assistentes digitais sendo utilizados até 2023.

A Amazon também tem a sua assistente virtual Alexa, que é integrada ao Echo Plus, um dispositivo com Inteligência Artificial, em formato de caixa de som, que responde ao comando de voz, como pesquisas sobre a previsão do tempo e leitura de notícias, por exemplo. No mesmo formato, os concorrentes Google Home, equipado com a Google Assistente, e o Homepod, da Apple, equipado com a Siri, traz a Inteligência Artificial para dentro dos lares – e das empresas.

Com o progresso das tecnologias desenvolvidas com Inteligência Artificial, ficará cada vez mais difícil diferenciar máquina de ser humano durante as interações. Um exemplo certeiro é o Google Duplex, outra assistente do Google, capaz de agendar horários em salões de beleza conversando como um humano, interpretando o contexto da conversa, com direito até a expressar “uhum” quando reposta afirmativa. Isso é um exemplo da aplicação da Computação Cognitiva, que simula os processos do pensamento humano em um modelo computadorizado.

Para exemplificar mais o uso dessa tecnologia nos negócios, pode-se citar os chatbots automatizados. Eles são capazes de conversar com humanos e solucionar algumas dúvidas simples, mas que já poupa algum tempo dos setores de atendimento e suporte, sem contar no apoio ao setor de marketing. Outros exemplos estão no agronegócio, com inteligência capaz de reconhecer padrões de ervas daninhas para pulverizar somente as plantas afetadas.

Por fim, subiu ao palco o convidado surpresa Diego Schlindwein, fundador da Sirros, Startup de Porto Alegre, para mostrar com a Inteligência Artificial está na análise de dados e na Indústria 4.0 (também conhecida como a 4ª Revolução Industrial – onde a integração entre tecnologias físicas e digitais – como Internet das Coisas – passa a ser comum dentro das indústrias, nos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura).

“Como aumentar a eficiência das indústrias, diminuir os custos, utilizando Indústria 4.0 e Internet das Coisas? Vimos que as empresas querem trabalhar com Inteligência Artificial e também até prever como a Indústria 4.0 vai funcionar, como setup e ciclos de máquina, por exemplo, mas elas não sabem por onde começar ou não tem os dados necessários para acoplar a tecnologia. E esse é um cenário não só nacional, como internacional, por isso, essencialmente é necessário extrair dados”, complementa.

É justamente neste setor que a Group Sistemas está apostando. Como a Inteligência Artificial também está na análise de dados, com pesquisa e formação de relatórios fáceis e dinâmicos por meio de pesquisas intuitivas, em breve, nossas soluções em Inteligência Artificial estarão disponíveis nesse formato.

“Em todos os casos, podemos evidenciar que não há Inteligência Artificial sem uma grande porção de inteligência natural, humana. Sempre a inteligência artificial deve servir a uma melhor experiência humana, uma forma de fazer diferente, muitas vezes disruptiva que compõe o processo de transformação digital em que nossas rotinas estão inseridas”, afirma Rodrigo Baroni, Diretor da Group Sistemas de Gestão.

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